"Temos todos duas vidas:
A verdadeira, que é a que sonhamos na infãncia,
E que continuamos a sonhando, adultos, num substracto de névoa;
A falsa, que é a que vivemos em convivência com os outros,
Que é a prática, a útil,
Aquela em que acabam por nos meter num caixão.
Na outra não há caixões, nem mortes.
Há só grandes ilustrações de infância:
Grandes livros coloridos, para ver mas não ler;
Grandes páginas de cores para recordar mais tarde.
Na outra somos nós,
Na outra vivemos;
Nesta morremos, que é o que viver quer dizer."
Excerto do poema
Dactilografia de Álvaro de Campos
2 comentários:
o homem dava-lhe tanto mas tanto...
gmmmmmmmmmdt*
Bem, eu não estudo exactamente Álvaro de Campos, só leio os poemas... e vamos dizer que li esse sem perceber.. xD
Não deixa de ser interessante...
Gmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmdt**
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