sexta-feira, abril 25, 2008

É esta fúria que me consome
Esta vontade de fazer sofrer
Que me alimenta nos dias de solidão

Esta raiva incontrolada
Que me deixa insana
A minha razão de viver

É este rancor preso no coração
Esta necessidade de matar
Que me deixa respirar

Sou eu
Puro demónio
Que este sentimento gosta de ter

text by me
***Ari

quinta-feira, abril 24, 2008

Vem
Ataca-me
Consome a energia que me resta

Aproxima-te
Mostra-te capaz de me combater
Capaz de me fazer morrer

Vem
Morde-me, marca-me
Torna realidade o sonho da insanidade

Mais perto
Mais perto
Cada vez mais perto

Já sinto o cheiro da Morte
Já sinto o desejo no teu olhar
Já vi o fim da vida

E então
Junto a mim
Acontece

E só o sangue pelo chão
Só o vazio nos meus olhos
Só a raiva no meu coração

Uma eterna fome que jamais será saciada

text by me
***Ari

quarta-feira, abril 23, 2008


Deixa-me morrer
Deixa-me morrer

Deixa-me...
cair nas águas geladas
partir daqui
sentir a água a invadir-me

Deixa-me morrer
Deixa-me morrer

Deixa-me...
esquecer que um dia vivi
que um dia esta dor senti
que no amor um dia acreditei

Deixa-me morrer
Deixa-me morrer

Deixa-me...
só queria saber voar
saber esquecer e perdoar
saber em quem confiar

Deixa-me morrer
Deixa-me morrer

É só o que peço...
Deixa-me morrer...

text by me
***Ari

quinta-feira, abril 17, 2008


As tuas palavras ecoam em meus ouvidos
Teus olhos iluminam a minha escuridão
Tua presença invade meus sonhos

Mas tudo é impossível, tudo é vão
Tudo é o inconsciente do meu coração
A gritar por algo que nunca terá...


Text and pic by me
***Ari

sexta-feira, abril 04, 2008


De que adianta ser pessoa livre se me sinto animal enjaulado?
De que valem promessas quando são tudo mentira?
De que me serve a felicidade se vivo na eterna tristeza?
Para quê a companhia se nada mais é que solidão?
E as luzes brilhantes que não tocam minha escuridão?

text and pic by me
***Ari

quinta-feira, abril 03, 2008


A música toca lá ao fundo
Letras vazias que já nada me dizem
Que me ligam a um passado que matei
Recordações de falsidades e juras inexistentes

Pessoas que eram tudo e viraram nada
Amizades que eram luz e viraram sombra
Caminhos que estavam escritos foram apagados

Tornou-se tudo então um nada
Um tudo que talvez só tenha existido na minha cabeça
Soa tudo a mentira, a engano

Sinto cá dentro que me perdi à muito
Mas só agora me apercebi...

text and pic by me
***Ari