terça-feira, agosto 31, 2010


Let the wind carry you home
Blackbird fly away
May you never be broken again
Beyond the suffering you've known
I hope you find your way
May you never be broken again

Blackbird, Alter Bridge
"Foi só
Apenas mais um dia como outro qualquer
Em que morri para voltar ao meu ser
Sim
Perdi a alma numa rua escura
Dormente pelas palavras que não queria ouvir
Foi só
Uma outra forma de abrir os olhos e acordar
Para saber que o passado sou eu
Mas que amanhã é o fim
Tudo se passa agora e não depois
No esventrar das coisas que eu não queria ver

Eu é que sei
O que quero para mim

Foi só
Apenas mais um dia como outro qualquer
Para perceber o que sabia sem querer
Sim
Meu amor, fomos tanto sendo tão pouco
Fomos mais um capricho que a vida queria ter
Foi só
Apenas mais uma lição para aprender à minha custa
Que o futuro sou eu
E também ontem foi o fim
Tudo se passa agora e não depois
No desvendar daquilo que não queria ver

Eu é que sei
O que quero para mim

Tudo se passa agora e não depois!

Eu é que sei
O que quero para mim
Eu é que sei
O que quero para mim
Eu é que sei!"


Apenas mais um dia, Manga

domingo, agosto 29, 2010

"Ela admirou a Lua uma última vez e inspirou o ar da noite. E sorriu.
-Eu sabia que irias voltar. - disse enquanto se virava para ele.
Estava exactamente como se recordava. Alto, loiro e lindo. E aqueles olhos verdes continuavam frios e calculistas.
- Perguntava-me quanto tempo demorarias a perceber que viver sem o teu amor afinal não foi capaz de me matar.
Ele passou a mão pelo cabelo, gesto antigo e ela viu o brilho da lâmina escondida na manga do casaco.
- Demoraste mais do que eu pensava, mas ainda bem. Assim tive tempo para me preparar.
- Não pensei termos que enfrentar esta situação, mas devia tê-la previsto.
- Claro que sim. Mas tu eras presunçoso demais e achavas que eu ia morrer assim que me deixasses. Adivinha? Continuo viva e melhor que nunca. Não há mais nada aqui para ti, por isso podes ir embora.
- Ainda tenho o teu ódio. - Ele movia-se lentamente, em circulo, estudando o melhor ângulo. Ela permanecia parada como uma estátua.
- Não, já nem o meu ódio mereces. Não há nada para ti, nem sequer a indiferença. Essa lição foste tu que me ensinaste. As outras tive que aprender à minha custa.
Ele aproximou-se. Ela conseguia cheirá-lo. Aquele cheiro doce, totalmente único e caracteristico dele. Em tempos, aquele cheiro teria bastado para ela cair de joelhos e pedir o seu amor novamente. Mas isso tinha acabado. Ambos sabiam porque estavam ali. Um tinha que morrer.
Quando ele estava tão próximo que ela sentia o seu hálito, ele olhou-a como antigamente. Ela sorriu.
- Eu pensei mesmo que ia morrer sem ti. Mas felizmente, nessa altura era uma cobarde. - ela viu o brilho da Lua na faca dele, cada vez mais próximo da sua garganta e sorriu ainda mais abertamente. - Hoje já não sou.

E apunhalou-o no coração.


Deixou-lhe a faca enterrada no peito, dele não queria nem esse recordação.
Passou as mãos pelo cabelo e soltou uma gargalhada, que ecoou na noite escura.
Era livre. Finalmente livre. Pois ela soubera desde o ínicio, que para aquele amor acabar, um deles teria que morrer.
Caminhou pela noite dentro, e nunca mais ninguém a viu, mas às vezes em noites de Lua cheia, à quem ouça a sua gargalhada."


*Ari

sexta-feira, agosto 27, 2010

'Lost and insecure
You found me, you found me
Lying on the floor
Surrounded, surrounded
Why'd you have to wait?
Where were you? Where were you?
Just a little late
You found me, you found me

Why'd you have to wait
To find me? To find me?'

You Found Me, The Fray

terça-feira, agosto 24, 2010

E se não houver amanhã?
Se não conhecermos o nascer de um novo dia?

E se pensarmos sempre que fazemos depois, que amamos depois e o depois nunca chega?
E se deixamos para amanhã, para a próxima semana, para o próximo ano e não chegamos nem ao fim deste dia?

Como vivemos com a incerteza de não saber se temos mais um minuto, uma hora ou um dia?

Não devíamos assim viver a vida ao máximo?
Aproveitar cada segundo como se fosse o último?
Porque não sabemos se será o último.

Mas ninguém pensa na brevidade da vida.
Planeamos sempre o dia de amanhã, o aniversário do mês que vem, as férias do próximo ano.
E sem percebermos estamos a perder sensações que poderemos nunca experimentar porque pensamos que temos amanhã...

Então, e se não houver amanhã?



*Ari

domingo, agosto 22, 2010

I've been alone with you inside my mind
And in my dreams I've kissed your lips a thousand times
I sometimes see you pass outside my door
Hello, is it me you're looking for?

I can see it in your eyes
I can see it in your smile
You're all I've ever wanted, (and) my arms are open wide
'Cause you know just what to say
And you know just what to do
And I want to tell you so much, I love you ...

I long to see the sunlight in your hair
And tell you time and time again how much I care
Sometimes I feel my heart will overflow
Hello, I've just got to let you know

'Cause I wonder where you are
And I wonder what you do
Are you somewhere feeling lonely, or is someone loving you?
Tell me how to win your heart
For I haven't got a clue
But let me start by saying, I love you ...

Hello, is it me you're looking for?
'Cause I wonder where you are
And I wonder what you do
Are you somewhere feeling lonely or is someone loving you?
Tell me how to win your heart
For I haven't got a clue
But let me start by saying ... I love you



Hello - Glee Cast Version

sábado, agosto 21, 2010

Não sei viver com a sensação de impotência.
Não sei não ajudar as pessoas, não sei não as ouvir, não sei não as compreender e não sei não as ajudar.
Não sou mais que mera humana, mero ser que caminha entre tantos outros iguais a mim, mas sempre fiz tudo o que podia para ser o melhor possível.
Sempre fiz tudo para ouvir e ajudar os outros, mesmos o que não querem ajuda nem querem ser ouvidos.

Não sei viver com a sensação de inutilidade.
Não consigo sequer imaginar viver neste mundo sem ser prestável e o mais amiga possível.
Mesmo com os que não querem receber a prestação de ninguém nem querem ter amigos por perto.

Não sei viver com a sensação de silêncio.
Não sei nem nunca vou saber combatê-lo e isso vai apenas torná-lo mais prolongado, incómodo e insatisfatório, pelo menos para mim.

Não sei viver com isto.
Parece que já nem sei viver com a solidão.
Parece que já nem sei viver comigo mesma.

Não sei viver com isto, nem sei como acabar com isto, só sei que vou continuar assim... porque não sei o que fazer...

quarta-feira, agosto 18, 2010

Say when and my own two hands
Will comfort you tonight, tonight
Say when and my own two arms
Will carry you tonight, tonight

Come across you lost and broken
You're coming to but you're slow in waking
You start to shake, you still haven't spoken, what happened

They're coming back and you just don't know when
You want to cry but there's nothing coming
They're gonna push until you give in or say when

Now we're here, and it turns to chaos
Hurricane, coming all around us
Double crack throws you back from the window, you stay low

It all began with a man & country
Every plan turns another century
Around again, another nation fallen

Maybe God can be on both sides
Of the gun, never understood why
Some of us never get it so good, so good


Say When, The Fray


Eu só queria que chovesse
Uma pequena tempestade
Que me limpasse a alma
E sarasse as feridas

Só algumas gotas
Como se o céu chorasse por mim
Para me elevar o espírito
E melhorasse a forma de ver a vida

Apenas umas gotinhas
Que me fizessem sorrir e dançar
Para me voltar a sentir leve
E deixar de ter o peso do mundo às costas

*Ari

terça-feira, agosto 17, 2010

Did you ever hear what I told you
Did you ever read what I wrote you
Did you ever listen to what we played
Did you ever let in what the world said
Did we get this far just to feel your hate
Did we play to become only pawns in the game
How blind can you be, don't you see
You chose the long road but we'll be waiting

Bye bye beautiful, Nightwish

Como é que partimos quando não temos para onde voltar?
Como é que esquecemos o que não existe para lembrar?
Como nos afastamos de quem nunca estivemos próximos?

Como é que gerimos as emoções, criadas num castelo de cartas, que ameaça cair ao mínimo sopro?
Como é que gritamos até ficarmos sem voz e mesmo assim não conseguimos deixar de sentir a frustração?
Como é que choramos até não termos mais lágrimas e mesmo assim sentimos a tristeza que não devia existir?

Como é que respondemos a todas as perguntas se ninguém nos diz as respostas?

segunda-feira, agosto 16, 2010

Taking Chances


Don't know much about your life
Don't know much about your world but
Don't want to be alone tonight
On this planet they call earth.

You don't know about my past
And I don't have a future figured out
And maybe this is going too fast
And maybe it's not meant to last

(CHORUS)
But what do you say to taking chances?
What do you say to jumping off the edge?
Never knowing if there's solid ground below
Or a hand to hold, or hell to pay
What do you say?
What do you say?

I just want to start again
Maybe you can show me how to try
Maybe you could take me in
Somewhere underneath your skin

(CHORUS)
What do you say to taking chances?
What do you say to jumping off the edge?
Never knowing if there's solid ground below
Or a hand to hold, or hell to pay
What do you say?
What do you say?

And I had my heart beaten down
But I always come back for more, yeah
There's nothing but love to pull you up
When you're lying down on the floor, yeah
So talk to me, talk to me
Like lovers do
Yeah walk with me, walk with me
Like lovers do
Like lovers do

(CHORUS)
What do you say to taking chances?
What do you say to jumping off the edge?
And never knowing if there's solid ground below
Or a hand to hold, or hell to pay
What do you say?
What do you say?

Don't know much about your life,
And I don't know much about your world


Glee Cast

quinta-feira, agosto 12, 2010

Odeio o silêncio
Odeio a indiferença
Odeio esta sensação
De que estou a bater contra uma parede

Odeio não poder fazer nada
Odeio a sensação de impotência
Odeio esta sensação de vazio
Que não devia cá estar

Odeio odiar esta situação.

quarta-feira, agosto 11, 2010

Primeiro foi o grito
Ecoou no silêncio da minha mente
Cortando-a em duas
"Está morto"
Ressoando em cada canto da minha alma.

Depois os passos apressados
O som da corrida
O som da respiração ofegante.
"Morto"
Ecoando dentro do meu coração.

A seguir o som do choro
Um sufoco
A respiração cortada
Os soluços
"Morto! Morto!"
A angústia
A negação
A rejeição

E depois o baque da realidade...

"Ele morreu..."

E choro dela ecoa em mim
Dilacerando-me a alma

"Morto..."

A tristeza dela aumenta a minha

E depois o silêncio dela
A aceitação...

"Morto."




Se houver um paraíso para ti, espero que estejas lá.

R.I.P. Rex
2002/2010